O acordo visa reduzir a burocracia, os prazos e os custos para exportadores e importadores do setor FOTO: Freepik

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Chile, nesta semana, já rendeu uma série de acordos de cooperação e comércio entre os dois países, incluindo no setor de cosméticos. Nesta segunda-feira (5), Brasil e Chile assinaram em Santiago uma declaração conjunta que confirma a conclusão das negociações técnicas para um acordo comercial destinado a facilitar a exportação e importação de cosméticos entre os dois países. O acordo visa reduzir a burocracia, os prazos e os custos para exportadores e importadores do setor.

Pelo Brasil, a declaração foi assinada por Márcio Elias Rosa, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que faz parte da comitiva presidencial em visita ao Chile desde domingo. Rosa também participou do Fórum Empresarial Brasil-Chile, promovido pela ApexBrasil, na mesma data.

O objetivo do acordo de convergência regulatória é facilitar o acesso recíproco aos mercados e ampliar o comércio bilateral, mantendo os altos padrões de qualidade, segurança e eficácia dos produtos.

A proposta de convergência regulatória surgiu do setor privado e foi coordenada pelo MDIC, com a participação ativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e colaboração da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

As negociações com o Chile começaram em junho de 2021 e foram finalizadas após 19 rodadas bilaterais. Embora a declaração tenha sido assinada, o acordo formal ainda precisa ser assinado, o que está previsto para acontecer nas próximas semanas, após a revisão legal dos termos, a tradução e outras etapas operacionais.

Cerca de 80% das exportações brasileiras de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos têm a América Latina como destino, com o Chile sendo o segundo maior mercado, atrás apenas da Argentina. O mercado chileno representa cerca de 90 milhões de dólares e 16% das exportações brasileiras do setor.

O Brasil também é um destino significativo para produtos cosméticos. Em 2021, o país ocupou a 4ª posição no ranking global de consumo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão.