painéis fotovoltaicos

Belmonte, na Bahia, receberá primeira fábrica de vidros solares da América Latina

A Bahia será o primeiro estado fora da China a abrigar uma fábrica de vidro solar para painéis fotovoltaicos de alta performance. O anúncio do projeto, batizado de Brasil Transparente, foi feito na segunda-feira (9), durante evento na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), em Salvador. O investimento de R$ 1,8 bilhão será conduzido pela empresa Homerun Brasil em parceria com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), e a unidade será instalada no município de Belmonte, no sul do estado.

O empreendimento promete transformar a Bahia em um polo estratégico da cadeia de energia limpa, aproveitando a sílica de alta pureza encontrada na região. Com tecnologia de ponta e foco em sustentabilidade, a fábrica utilizará energia limpa, adotará práticas de reaproveitamento de água e criará um fundo educacional para capacitação da população local. Estima-se a geração de cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos.

Solenidade contou com a presença do deputado Claudio Cajado, de Henrique Carballal,  Presidente da CBPM e Fausto Franco, da FIEB

Segundo Henrique Carballal, presidente da CBPM, o projeto representa um marco histórico para a industrialização sustentável do estado. “Não existe transição energética sem mineração. É uma grande oportunidade trazer para a Bahia uma indústria como essa, de alta tecnologia, que está revolucionando o setor energético”, afirmou. Carballal também destacou o papel do governador Jerônimo Rodrigues e do prefeito de Belmonte, Iêdo Elias, na viabilização do projeto.

Durante o evento, o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos, ressaltou o impacto da iniciativa para o setor industrial baiano. “O investimento tem relevância estratégica. Ele atende não apenas à cadeia da mineração, mas a toda a cadeia energética da Bahia”, declarou.

Anúncio foi feito na sede do Sistema FIEB, em Salvador

Com a construção da fábrica, a Bahia se posiciona como protagonista em um setor estratégico da nova economia energética. A iniciativa também reforça a tendência de reindustrialização verde no Brasil, com foco em tecnologia, sustentabilidade e geração de emprego qualificado.