DÉFICIT COMERCIAL RECUA

Comércio Brasil-EUA atinge US$ 55 bi até setembro, diz levantamento da Amcham

Por Marcelo - Em 13/10/2023 às 6:56 PM

O comércio entre o Brasil e Estados Unidos atingiu a cifra dos US$ 55,5 bilhões e representou a segunda maior marca histórica na corrente entre os dois países, conforme revela o Monitor do Comércio publicado pela Amcham Brasil nesta sexta-feira (13). O recorde ficou abaixo do ano passado, quando havia uma combinação de preços internacionais elevados e expansão nas trocas de alguns bens de energia.

Porto do Pecém exporta placas de aço, frutas e outros produtos aos EUA

Frente a 2022, a contração na corrente bilateral de comércio foi de 17,4%, puxada principalmente pelas importações. Do lado das exportações, houve redução de 4,5%. As vendas de produtos industriais brasileiros para os EUA ficaram praticamente estáveis, com redução de apenas 0,7% – menor que a registrada nas exportações totais deste setor do Brasil para o mundo (-3,1%). Com isso, cresceu a importância relativa dos bens industriais nas exportações do Brasil aos EUA, passando de 78,5% para 81,6%.

O CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, destaca que tais oscilações na balança comercial são explicáveis. “A redução observada até o momento nas trocas bilaterais está concentrada em alguns poucos setores e por motivos como preços ou situações conjunturais. No geral, o comércio segue dinâmico, com crescimento na maioria dos produtos e perspectiva positiva, sobretudo nos itens de maior valor agregado e intensidade tecnológica”, afirma. Além disso, o déficit comercial do Brasil com os Estados Unidos caiu 80% no ano, comparado com o mesmo período de 2022, passando de US$ 11,5 bilhões para US$ 2,3 bi.

Cinco dos dez produtos mais vendidos pelo Brasil aos Estados Unidos tiveram alta em valor no período. O maior destaque foram os equipamentos de engenharia civil, cujo valor saltou 40,5%, de US$ 881 milhões para US$ 1,2 bilhão. Outros produtos com aumento importante foram: semiacabados de ferro ou aço (7,0%), celulose (9,1%), combustíveis de petróleo (106,9%) e sucos de frutas (58,5%). Em termos de quantidade exportada, oito dos dez principais produtos tiveram alta no período.

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