'SINAIS POSITIVOS'

Estimativa para crescimento do crédito em 2023 se mantém em 7,6%

Por Redação - Em 10/10/2023 às 11:51 PM

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Para 2024, a projeção da carteira total foi novamente revisada para cima, de 7,9% para 8,1%

A projeção feita pelos bancos para a expansão da carteira de crédito neste ano se manteve estável em 7,6%, mostra a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas de setembro. O resultado ficou um pouco acima da expansão esperada pelo Banco Central, de 7,3%, segundo o último Relatório Trimestral de Inflação, divulgado em setembro. Já para 2024, a estimativa de alta passou de 7,9% para 8,1%.

O levantamento é realizado a cada 45 dias, logo após a divulgação da Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e mostra a estimativa dos bancos para o comportamento de diversas variáveis da economia ao longo deste e do próximo ano. Esta edição foi feita com entrevistas com 18 bancos entre 27 de setembro e 3 de outubro.

“A estabilidade das projeções reflete a melhora no desempenho do crédito nos últimos meses. Apesar de continuarmos observando uma desaceleração no ritmo de expansão anual da carteira, os dados têm trazido sinais positivos, como a queda das taxas de juros e a estabilidade da inadimplência”, analisa o diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg.

“Adicionalmente, os dados divulgados pelo Banco Central em agosto trouxeram uma revisão positiva em algumas linhas do crédito pessoa jurídica, o que também deve ter contribuído para uma revisão para cima na expectativa de crescimento da carteira para as empresas”, acrescenta.

Segundo o levantamento, a estabilidade da projeção para a carteira total deste ano refletiu uma revisão ligeiramente positiva na carteira livre, de 6,3% para 6,4%, e negativa na carteira direcionada, de 9,3% para 9,2%.

No caso da carteira livre, a revisão foi puxada pelas operações destinadas às empresas, que passaram de 1,7% para 2,3%. Parte dessa melhora reflete a revisão significativa dos dados de antecipação de faturas feita pelo Banco Central na Nota de Crédito de agosto, que elevou os números da carteira livre pessoa jurídica de maneira relevante. Na outra direção, a projeção da carteira destinada às famílias passou de 9,8% para 9,1%.

Em relação à carteira direcionada, a revisão para baixo foi puxada pelo crédito pessoa física, que passou de 10,6% para 10,2%, embora ainda sinalizando um bom ritmo de expansão, impulsionada pelo forte desempenho do crédito rural (que se beneficia do aumento do Plano Safra 2023/24). No crédito direcionado às empresas, a projeção subiu de 7,2% para 7,3%.

Para 2024, a projeção da carteira total foi novamente revisada para cima, de 7,9% para 8,1%. A alta foi puxada pela carteira com recursos direcionados, de 6,9% para 7,8%, enquanto a expectativa da carteira com recursos livres mostrou ligeira acomodação, de 8,6% para 8,4%.

Já em relação à taxa de inadimplência da carteira livre, a pesquisa apontou estabilidade nas projeções tanto para 2023 quanto para 2024, mantendo-se em 4,9% e 4,5%, respectivamente. As projeções indicam estabilidade em relação ao nível atual do indicador (4,9% em agosto), reforçando o entendimento de que a trajetória de alta da inadimplência pode ter chegado ao fim.

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