RECURSOS ESTRANGEIROS

Governo federal lança programa Eco Invest Brasil para impulsionar investimentos verdes

Por Redação - Em 26/02/2024 às 3:16 PM

O Secretário Do Tesouro Nacional, Rogério Ceron

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, ressaltou que a transição para uma economia de baixo carbono é uma necessidade mundial

Para impulsionar a a economia sustentável no Brasil, o governo federal lançou o Eco Invest Brasil, Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial. A iniciativa vai incentivar investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis no país e oferecer soluções de proteção cambial para para que os riscos associados à volatilidade de câmbio sejam minorados e não atrapalhem esses investimentos cruciais para a transformação ecológica brasileira.

Segundo o governo federal, o Eco Invest Brasil viabilizará operações no mercado de capitais para empresas e investidores sediados no Brasil captarem recursos no exterior. Além disso, o Eco Invest Brasil apoiará o desenvolvimento, a liquidez e a eficiência do mercado brasileiro de proteção de longo prazo em moeda estrangeira no país.

O programa faz parte do Plano de Transformação Ecológica brasileiro, e está alinhado a um dos três eixos da agenda brasileira na presidência do G20, de desenvolvimento sustentável em suas três dimensões: econômica, social e ambiental. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), parceiro do programa, vai disponibilizar R$ 27 bilhões em financiamentos. “A ideia é apoiar o desenvolvimento, liquidez, eficiência do mercado, de proteção em moeda estrangeira do país, atuando cooperativamente adquirindo derivativos no mercado externo e repassando às instituições financeiras locais”, explicou o presidente do BID, Ilan Goldfajn.

Viabilização

Para viabilizar a iniciativa, será editada uma Medida Provisória que estabelece a criação do Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial, no âmbito do Fundo Clima, e a linha de crédito necessária para a sua execução, indicando os objetivos do Programa, os mecanismos de transparência e governança, assim como o papel de cada instituição envolvida. Além disso, essa MP autorizará o Banco Central a realizar as operações que viabilizam as soluções de proteção cambial.

Após a publicação, o Conselho Monetário Nacional (CMN) entra em ação, definindo normativas infralegais necessárias para a implementação efetiva do Programa. Isso inclui a edição de normativos sobre a forma pela qual os derivativos cambiais serão oferecidos e gerenciados no mercado, de modo a garantir que as operações estejam em conformidade com a legislação brasileira e em consonância com a política econômica.

“Essa colaboração estreita entre Governo Federal, Banco Central, BID e setor privado é crucial . Ela garante que os incentivos sejam direcionados eficazmente, assegurando que os esforços de transição ecológica sejam inclusivos e equitativos” destacou o presidente do Banco Central, Campos Neto.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron de Oliveira, que representou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diagnosticado com Covid, ressaltou que a transição para uma economia de baixo carbono é uma necessidade mundial e que o Brasil tem vantagem por ter uma matriz energética limpa. “O país tem um potencial de expansão significativo e a partir disso pode desenvolver toda uma economia em cima dessa matriz energética limpa. Tem um potencial de reflorestamento, de combate ao desmatamento fantástico, de redução das emissões. E nós precisamos, imediatamente, aproveitar essas janelas , não perder essa oportunidade histórica”, frisou.

Meio Ambiente

Outro parceiro do programa é o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). A ministra Marina Silva lembrou que que os países que compõem o G20 detém 80% da economia global, mas também são responsáveis por mais de 80% das emissões de gases do efeito estufa. Ela defendeu o uso de recursos públicos e privados para a transformação ecológica na economia.

“Meio ambiente e desenvolvimento não é mais uma questão de compatibilização. É como a gente integra essas duas coisas numa mesma equação. Meio Ambiente e desenvolvimento não têm como, hoje, caminhar separados”, disse a ministra.

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