O ministro da Economia, Paulo Guedes, abordou temas como atuação do Governo Federal em relação ao crescimento econômico do País, reformas administrativas, mudanças em impostos e privatizações, nesta sexta-feira (18), durante o Seminário Economia Brasil, a um seleto um grupo de empresários cearenses, realizado no Hotel Gran Marquise.

Guedes disse que a meta é fechar R$ 1,2 trilhão em investimentos contratados   Foto: Portal IN

Guedes realizou uma apresentação com o tema “A economia brasileira frente aos desafios mundiais”, abordando o trabalho desenvolvido pelo Ministério da Economia, falou sobre os cenários macroeconômicos e detalhou alguns resultados recentes da Pasta, mesmo em meio a uma situação global turbulenta. “Nos primeiros três meses da pandemia, perdemos um milhão e cem mil empregos formais, no final do ano recontratamos esse número e ficamos zero a zero. No segundo ano, criamos mais de 2 milhões e 700 mil empregos formais. Do fundo do poço até hoje, foram criados 3 milhões de empregos formais e 9 milhões informais”, destacou.

Outro tema de destaque referido pelo ministro foi a possibilidade de ampliar a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 35%, e que a elevação de preços de alguns insumos por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia acaba sendo mais um motivo para acelerar a desoneração. “Na pior das hipóteses, a redução seria de 30%”, informou o ministro aos presentes. Em fevereiro, o Governo Federal anunciou a redução do IPI em 25%, o que beneficiaria cerca de 300 mil empresas no Brasil.

Ivo Machado, Beto Studart, Cláudio Vale e Irapuã Dantas no Hotel Gran Marquise

Guedes defendeu que o Brasil está em amplo crescimento, com as reformas e privatizações. “Estamos em transição de uma economia dirigista para uma economia de mercado”, afirmou. Segundo o Guedes, essa troca para um eixo de fortalecimento do setor privado reforça o compromisso do governo. “Um dado para reflexão: temos R$ 828 bilhões já contratados de investimentos privados para os próximos dez anos. Neste ano vamos assegurar mais R$ 300 bilhões em contratos assinados para os próximos 10 ou 12 anos. Significa mais de US$ 200 bilhões, ou seja, para reconstruir o Brasil, temos mais de dois planos Marshall contratados”.

Emília Buarque e Paulo Guedes antes do evento com os empresários cearenses

Emília Buarque, presidente do Seminário, recepcionou o ministro e conduziu o encontro. Em sua fala de abertura, a empresária agradeceu a deferência do ministro em ter atendido o convite para falar com os empresários cearenses e destacou o estilo de trabalho de Paulo Guedes. “É muito óbvio perceber que o ministro imprime um jeito moderno e ético de fazer política, quando tem dominância do controle do orçamento, quando pede paciência para as tomadas de decisão, equilibrando a balança entre as demandas de despesas e as mudanças bruscas no itinerário. Além de, acima de tudo, negociar contrapartidas como ninguém, com os chamados fura-teto. Então, para quem acha que isso não é boa política, nos explique o que é”, ponderou.

A empresária destacou os avanços obtidos pelo Brasil na área econômica, mesmo em meio a desafios como a crise sanitária da pandemia, a desaceleração mundial, agravada, mais recentemente com a alta da inflação no mundo inteiro, a crise energética e climática e o recente conflito entre Rússia e Ucrânia. “Aqui temos independência e sabemos reconhecer o que há de bom. Também temos franqueza, mas sempre compreendida dentro de uma boa parceria, na certeza de que estamos todos do mesmo lado e antes de tudo, apoiamos o Brasil”, concluiu Emília Buarque. Junto com ela e Guedes, compuseram a mesa do evento os empresários Beto Studart, Cláudio Vale, Deusmar Queirós, Lauro Fiúza, Irapuã Dantas e Pedro Sales, representando setores distintos da economia cearense.

Seminário Economia Brasil reuniu um seleto grupo de empresários cearenses para ouvir o ministro Paulo Guedes