A Intelbras, empresa brasileira desenvolvedora de tecnologias, anuncia a maior aquisição da sua história com a compra de 100% da catarinense Renovigi Energia Solar. O objetivo da ação é ampliar a geração distribuída de energia limpa e sustentável aos brasileiros, acelerando o processo de um Brasil mais verde. A aquisição faz parte da estratégia da Intelbras em se consolidar como uma empresa referência no mercado de energia solar. E a Renovigi, em junho de 2021, assinou um memorando de entendimento com o Governo do Ceará para a construção de uma fábrica no Complexo do Pecém.

Intelbras e Renovigi trabalharão com operações independentes                      Foto: Divulgação

As operações de ambas as companhias, assim como as políticas comerciais e de produtos, continuarão independentes. “A Intelbras traz mais força e robustez ao mercado de energia solar com a união das duas empresas. A aquisição trará aos diversos canais de vendas e parceiros uma grande oportunidade de realização de negócios, ampliando ainda mais a disponibilidade de produtos ao mercado local, fazendo com que toda a cadeia seja beneficiada, o que inclui o consumidor final, pequenas, médias e grandes empresas. A missão da Intelbras é tornar esta tecnologia acessível em todo o Brasil”, afirmou Altair Silvestri, CEO da Intelbras.

A Renovigi, que tem sua matriz em Chapecó, possui 200 colaboradores e dez anos de história. Assim como a Intelbras, é referência em inovação transformadora por meio do desenvolvimento tecnológico de soluções fotovoltaicas. A empresa catarinense possui atuação consolidada em todo o território nacional. Seu faturamento foi de R$ 799,5 milhões e Ebtida de R$ 49,8 milhões em 2021, conforme balanço não auditado. E deve iniciar a construção de uma unidade fabril de painéis e inversores solares no Complexo do Pecém, para atender à elevação da demanda no Norte e Nordeste.

Dois dos principais sócios fundadores e atuais gestores da Renovigi – Gustavo Müller Martins e Carlos Tadashi – continuarão à frente do negócio e permanecem como integrantes do Conselho de Administração da empresa. “O processo de consolidação no mercado nacional de energia solar está ocorrendo a passos largos e a união com Intelbras vai nessa direção. A soma de sinergias operacionais e o acesso a recursos são pontos fundamentais para o aumento da nossa competitividade e a ampliação da participação no mercado brasileiro. Duas grandes marcas nacionais agora unidas para criar mais oportunidades, inovações, tecnologias e segurança para o mercado de energia solar no Brasil”, disse Gustavo Martins, CEO da Renovigi.

No Ceará

Gustavo Martins e Camilo Santana após a assinatura do memorando

Gustavo Martins esteve no Ceará no dia 25 de junho do ano passado, para firmar o investimento próprio da Renovigi de R$ 150 milhões no Estado. Ele assinou em solenidade no Palácio da Abolição – junto com o governador Camilo Santana, sua vice Izolda Cela, os secretários Maia Júnior (Sedet) e Fernanda Pacobahyba (Fazenda), além de outras autoridades -, o memorando para a instalação de uma unidade fabril no Pecém.

O Ceará tem 170,9 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Com a nova unidade fabril este potencial será fortemente ampliado, uma vez que de acordo com o projeto ali serão produzidos cerca de 600 kits de geração solar por mês, o que representa 7.200 novos equipamentos todos os anos.

Expansão

Com apenas um ano de abertura de capital, esta já é a segunda grande aquisição que a Intelbras realiza. A primeira foi a compra de 75% da também catarinense Khomp. Além disso, a empresa abriu, em 2021, a Filial Nordeste, localizada em Jaboatão do Guararapes, e irá inaugurar, ainda este ano, a Unidade Tubarão, em Santa Catarina.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a geração solar distribuída atingiu a marca de 9 gigawatts (GW) de capacidade instalada no Brasil no ano passado. A entidade prevê que 2022 poderá ser o melhor ano do setor no País desde 2012, com a maior expansão da última década. O Brasil possui, hoje, mais de 828 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados e, desde 2012, foram mais de R$ 48 bilhões em novos investimentos, gerando cerca de 270 mil empregos acumulados no período.