CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA

Papa Francisco critica a “economia que mata” e defende inclusão até o fim de seu papado

Por Redação - Em 22/04/2025 às 11:28 AM

Papa Francisco

Sua postura contra a concentração de riqueza e o poder financeiro foi uma constante durante seu pontificado

O Papa Francisco, em suas últimas meditações publicadas para a Via Sacra da Sexta-Feira Santa (18), reafirmou suas críticas à “economia que mata”, uma expressão que marcou seu papado desde o início. Em 2013, no primeiro grande documento de sua liderança, ele afirmou que, assim como o mandamento “não matarás”, também se deve dizer “não à economia da exclusão e desigualdade”, descrevendo-a como uma força que “mata” aqueles que são marginalizados.

Sua postura contra a concentração de riqueza e o poder financeiro foi uma constante durante seu pontificado. Na carta Fratelli Tutti (2020), Francisco reforçou a ideia de que o mercado livre não resolve os problemas globais, destacando a falha das políticas neoliberais em enfrentar desigualdades e crises sociais.

Ao longo de sua liderança, o papa também organizou discussões sobre a taxação dos super-ricos, alertando para os impactos das políticas econômicas voltadas para os interesses dos ultra-ricos, como evidenciado pela reunião global do início de 2024.

Aos jovens economistas, Francisco sugeriu um modelo econômico alternativo, questionando investimentos em indústrias bélicas que, segundo ele, desviam recursos dos mais necessitados. “Ganhar dinheiro para matar enquanto a democracia está ameaçada” foi um dos pontos que ele levantou, sempre buscando uma economia que sirva à vida e ao bem-estar coletivo.

Sua defesa por uma economia mais justa e solidária remonta a antes de sua eleição como papa. Durante a crise econômica na Argentina em 2001, quando ainda era arcebispo de Buenos Aires, Bergoglio convocou o povo a orar por uma nação mais inclusiva e voltada ao bem comum.

Mais notícias

Ver tudo de IN Business