Cartões de crédito, débito e compras no varejo representam a maior fonte de acúmulo: 93,3% dos pontos emitidos Foto: Freepik

O brasileiro aprendeu a dar valor a cada ponto acumulado. Em 2024, os programas de fidelidade ganharam novo fôlego no país e movimentaram R$ 21,9 bilhões, um recorde histórico. Os dados da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf) apontam um crescimento expressivo: alta de 17,6% no faturamento em relação ao ano anterior.

Com 920,6 bilhões de pontos e milhas emitidos — volume 16,5% superior ao de 2023 —, o segmento mostra fôlego para além das viagens. Os resgates também cresceram: 803,5 bilhões de pontos foram trocados, um salto de 18,3%.

Varejo ganha terreno nos resgates

Embora as passagens aéreas ainda liderem a preferência dos consumidores, com 76,5% dos resgates, os produtos e serviços do varejo ganharam espaço. Em 2024, responderam por 23,5% das trocas — avanço de quase seis pontos percentuais em relação ao ano anterior, reflexo direto da ampliação dos catálogos e de estratégias mais agressivas de engajamento.

Na origem dos pontos, o cenário se inverte. Cartões de crédito, débito e compras no varejo representam a maior fonte de acúmulo: 93,3% dos pontos emitidos vêm dessas transações, enquanto apenas 6,7% são ligados a viagens.

Com mais de 332 milhões de cadastros ativos, os programas de fidelidade seguem ganhando adeptos. Só em 2024, foram registradas 48,6 bilhões de transações, sinal de que o consumidor está mais atento às recompensas e às possibilidades de transformar o consumo do dia a dia em experiências maiores.